O Mundo em que vivemos

    Cada indíviduo cria sua própria visão de mundo, baseada em sua percepção do cotidiano e daquilo que mais o afeta. Não há como julgá-la ou categorizá-la como certa ou errada, mas é bem provável que quanto maior a cultura e o conhecimento do indivíduo, mais abrangente e clara seja sua visão. A dualidade, no passado, separava as "coisas do mundo" com muita clareza: bem e mal, justo e injusto, vida e morte - e facilitava muito o seu entendimento. O que é certo hoje pode ser errado amanhã, e o bom pode trasnformar-se em ruim.

     Heráclitos de Éfeso (c.540-480 a.C), que expressou a seguinte frase: "Tudo flui, nada persiste nem premanece o mesmo". Exemplo clássico dado por Heráclito para esse fenômeno é a frase: " Tu não podes descer duas vezes no mesmo rio, porque novas águas correm sempre sobre ti". Ou seja, quando entramos novamente no mesmo rio, a água que nos banha não é mais a mesma, nem nós, pois vivemos novas situações e nos transformamos, mesmo que essas trasnformações sejam mínimas. A cada instante, o  mundo muda, assim como a realidade ao redor. 

    Na era pós industrial (a partir de 1950), a capacidade do homem foi substituída pelas máquinas, e parte da sua capacidade mental, como a memória, pôde ser ajudada pelos sistemas informatizados, com milhões de cálculos sendo feitos por segundo. Uma vez que as máquinas podem fazer o trabalho braçal, foram atribuídos ao homem novos papéis: o de criação, e não repetição de tarefas, o de inciativa, e não de passividade, o de flexibilidade, e não de rigidez, e o de ética na convivência. Um ser que precisa ser versátil e rápido o suficiente para gerenciar o volume de informções a que está exposto e buscar soluções para os desafios que lhe são colocados diariamente.

    A tecnologia é um recurso que veio para ficar. A tecnologia aplicada ao cotidiano facilita nossa vida, porém cria um embate entre criatura e criador, entre as novas tecnologias e o ser humano, tal qual mostrado no filme tempos modernos de Chaplin. É importante ter a atitude de olhar o mesmo fenômeno sob diversos pontos de vista e compreender que tudo foi desenvolvido pelo homem foi para o próprio homem. Outro ponto que devemos ressaltar é o papel da educação nesses novos tempos de constantes e pertubadoras transformações. É por meio dela que os seres humanos conseguirão ler e traduzir esse novo mundo, além de se capacitar para responder corretamente a ele.

   É por meio da busca pela essência do homem, que pode ser possível uma melhor compreensão do mundo, da sociedade, dos recursos, dentre eles os tecnológicos, e de um reposicionamento dos valores reais.

O que fazer com tanto conhecimento? Em prol de quem serão utilizados esses conhecimentos?